A base do argumento tradicional é a de que a unidade escolhe se tornar dual, e, se a unidade fez uma escolha de se tornar dual, ela poderia fazer a escolha de se tornar unidade de novo. É um conto de fadas baseado na ilusão do tempo, causa e efeito.
Nada nunca é escolhido. Todo o sonho da escolha e motivação é que existe alguma coisa no tempo que pode se mover, com intensão, de um lugar chamado dualidade para um lugar chamado unidade. Nunca existiu nada além de Ser, e isto é o eterno nada e tudo. Não vai a lugar nenhum, e nunca esteve em lugar nenhum. Não existe qualquer lugar. Não existe tempo ou espaço, exceto nas aparências. Não há nada além dIsto, e Isto é nada acontecendo.
A separação engendra a pergunta "por que", e a busca. Mas, quando não existe ninguém, não existem perguntas. Não existem perguntas e não existem respostas. Não existe um conhecedor e algo a ser conhecido... e, portanto, não existe ninguém para perguntar "por que".
O Ser em separação adora perguntar "por que". E este fascínio gerou a religião. A pergunta "por que", no buscador, criou o Cristianismo, o Budismo, e tudo o mais que você possa chamar de um ensinamento de transformação, que inevitavelmente é baseado no mito fundamental de um indivíduo separado com escolha e vontade de seguir um caminho, de ser motivado a mover-se de um estado para outro, um estado melhor, e a buscar e encontrar a resposta para a qual não existe uma pergunta.
Tony Parsons